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sábado, novembro 14, 2015

Hospital de Paris - Oremos pelos nossos irmãos!






 Uma  Difícil e Terrível Decisão

                                                                                                                                        

                                                                    Hospital onde estão a maioria das vítimas em recuperação

Sendo Paris a encruzilhada aérea da Europa, executivos, políticos ou turistas, destinados a outras cidades têm, às vezes que passar algum tempo no aeroporto de Orly ou de Bourget, enquanto esperam entre um voo   e outro.

A Air France oferece a esses visitantes uma escolha de curtas minitours (excursões em miniatura) que incluem visitas a monumentos arquitetônicos e históricos da zona parisiense. Estão incluídas na excursão as despesas de transporte, admissão  aos museus  e castelos. Cada excursão  tem uma duração diferente, o que permite ao passageiro 
adaptar uma delas ao seu horário.

Hoje esse espirito de solidariedade foi ferido, se não mesmo liquidado, muito embora devemos   preservar a paz apesar de todos os obstáculos. Entretanto um sentimento coletivo de dor e revolta paira no ar, mais do que em qualquer outra parte da Europa Ocidental.

Uma revolução iniciada ha um século e, como um vulcão em erupção  continua a manifestar seu ímpeto de tempos em tempos, aspirando  alcançar seus objetivos e conseguem, como a sangrenta noite de 13 de novembro, como o estopim , planejado estrategicamente pelos  jihadistas  do Estado Islâmico.

Paris privilegiada de beleza pelo nosso Criador, hoje é palco do terror, medo e insegurança, após  uma longa perspectiva de dificuldades, mal entendidos e desilusões políticas, tem agora François Holland  a difícil e terrível decisão da punição  enfrentando esse “Dragão”. Só nos restam orarmos pelos nossos irmãos e pelas  autoridades que regem os destinos das Nações.

                                                                                                                     Por Vera Bola.

sexta-feira, novembro 13, 2015

O Lobisomem e a Sexta-Feira-Treze

Enfrentando o Lobisomem

Num repente, lembrei-me estar em noite de lobisomem - era sexta-feira.
Caminhava lentamente, olhando luar do sertão e contemplando a constelação, quando adveio aquele figurão de cachorro, uns bons palmos de pelo e raiva.

Dei um pilo de cabrito e preparado estava para a guerra do lobisomem. Por descargo de conciência,chamei a todo o que é santo conhecido: _ São Jorge, São José, Santo Onofre!
Era tanta a apelação que mais brabento ainda se portava a peste. Ciscava o chão de soltar terra pra longe de até dez braças estendidas.Era trabalho para gelar qualquer cristão que não estivesse em dias com o seu rosário e confissões.

Dos olhos do lobisomem pingava labareda, em risco de contaminar de fogo todo o verdal adjacente..
Depois de " pernas para quem te quero"encontrei uma figueira e de lá de cima do galho mais firme, fiquei só na espreita, aguardando a hora de atirar, já com a garrucha engatilhada.

O assombrado espiava daqui e de acolá, como se eu fosse uma súcia deles. Aquele par de brasas, sabidão, cheio de voltas e negaças, deu ele de executar macaquices que nunca cuidei que um lobisomem pudesse fazer.

O que o galhofista assombrado queria é que eu fosse rolar no barro com ele, denigrir a minha veste e cair na sua armadilha.
No alto da figueira estava, no alto da figueira fiquei,assim que raiou o dia a figura de pelos e raiva, não tinha mais aquele par de brasas que metiam medo, era somente um lobinho sonolento.

  Adaptado de O coronel e o Lobsomem, R.Janeiro.______________por Vera bola

A visita de um primo distante

Sorrateiro

Bateram à porta; era um primo que há tanto tempo não o via. Estranhei apenas que ele, primo, viesse acompanhado de um cão.

Cão não muito grande, mas bastante forte, de raça indefinida, saltitante e com um ar alegremente agressivo. No instante que meu primo, efusivo me cumprimentava; o cão aproveitando as saudações, se embarafustou casa adentro e logo o barulho na cozinha demostrava que ele tinha quebrado alguma coisa.

Eu atônito, encompridei as minhas orelhas, enquanto o meu primo com ares de quem não tinha nada a ver com a coisa. “Ora, veja você, a última vez que nos vimos foi...” “E você casou também?” O cão passou pela sala, entrou pelo quarto, o tempo passou com a conversa, novo barulho de coisa quebrada.

 Naquele momento eu já não mais me concentrava nas conversas do primo, estava focado aos ruídos que vinham dos aposentos, enquanto ele, primo, portava-se com total indiferença. “Quem morreu definitivamente foi o tio... Você se lembra dele?” “Lembro, ora...”

O cão, mais um salto, quebrou o abajur que estava sobre o móvel e agora pulou sobre o sofá com suas patas sujas. A tensão era tanta que preferi nem tomar conhecimento do cão.E, por fim o primo se foi. Despediu-se efusivo como chegara, e se foi. E foi..

Mas.. e o cão?  “Esqueceu-se do seu cão, primo, gritei!” “Cão? Cão? Ah, não, não é meu, não. Quando entrei ele entrou naturalmente comigo, e eu pensei que fosse seu. Não é seu primo?” (...)
                                                                   (Adaptado de F. Millôr. Lit. Port.1980)                                                                                                                                                                    Por Vera Bola.